Aumento da mistura de etanol na gasolina pode reduzir importações e gerar empregos

O anúncio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a elevação da mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% movimentou o setor energético. A proposta será analisada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e pode trazer impactos econômicos e ambientais significativos.

A medida tem como objetivo ampliar o uso de combustíveis renováveis, reduzir o preço da gasolina e diminuir as importações. Especialistas apontam que a mudança pode gerar uma demanda adicional de 1,5 bilhão de litros de etanol por ano, exigindo investimentos de R$ 9 bilhões no setor sucroalcooleiro e resultando na criação de cerca de 25 mil empregos diretos e indiretos.

Além disso, o Brasil poderia reduzir a importação de 760 milhões de litros de gasolina anualmente e até mesmo fortalecer sua posição no mercado global com a exportação do combustível.

O tema foi debatido no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que entrevistou Alfredo Pinheiro, presidente do Sindicombustíveis de Pernambuco. Para ele, as discussões em torno da proposta muitas vezes são influenciadas por questões políticas, deixando em segundo plano as análises técnicas e econômicas.